quinta-feira, 30 de março de 2017

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

10. BIOMA PAMPA
  O Pampa, também conhecido por Campos Sulinos, é um bioma que, no Brasil, se restringe  ao estado do Rio Grande do Sul, compreendendo 63% do território gaúcho e, com seus 176.496 Km², 2,07% do território nacional. O bioma se estende também aos países vizinhos, Argentina e Uruguai. 
  Muitas palavras regionais são de origem indígenas, e Pampa não poderia ser diferente, pois sempre foi o chão do índio, em cuja  língua significa "região plana", coberta de vegetação rasteira. Por causa de suas pastagens naturais típicas, sempre foi favorável à pecuária extensiva. Aproximadamente 6.2 milhões de brasileiros habitam esse bioma.
  As paisagens naturais do Pampa se caracterizam pelo predomínio dos campos nativos, mas há também a presença de matas ciliares, matas de encostas, matas de pau-ferro, formações arbustivas, butiazais, banhados, aflorantes rochedos etc.
  Entretanto, nas últimas décadas, tem-se verificado que todas as características desse bioma tendem também a sofrer modificações, sobretudo pela entrada de monoculturas, pastagens exóticas, substituindo as pastagens naturais favoráveis à pecuária.
  Estima-se que, hoje, restem somente 36% da vegeta da região.
  O Papa é ainda o berço da cultura gaúcha, sua culinária própria, suas idumentárias o chimarrão,sua música de fronteira e todas as demais dimensões culturais que os gauchos levam junto por onde vão. Os Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) se espalham por todo Brasil.
  Trata-se de região com muitas comunidades tradicionais, remanescentes indígenas, assentamentos de reforma agrária e outras expressões dos movimentos populares. Há ali essa tradição das populações guerreiras e lutadoras por seus direitos e dos sonhos de justiça e igualdade.
  Portanto, como todo bioma, o Pampa é natureza e povo, assim como entende o Papa Francisco, segundo o qual "tudo está interligado". 
Roberto Malvezzi
Assessor da CF/2017 

domingo, 12 de março de 2017

CAMANHA DA FRATERNIDADE

9. BIOMA PANTANAL
  Com suas terras alagadas, sua imensidão de bichos visíveis a olho nu, o Pantanal sempre lembra o paraíso original, assim com Deus criou o mundo.
  Essa situação da Bacia do Alta do Paraguai - equivalente às áreas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná somadas. Essa planície, muitas vezes vista somente como um bioma brasileiro, cobre uma área de quase 210 mil Km², dos quias 70% estão no Brasil ( nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), 20% na Bolívia e os outros 10% no Paraguai. Grande parte do Pantanal e da Bacia Hidrográfica do Prata, que inclui, está inserida na lista da Unesco como patrimônio natural da humanidade e também figura Constituição brasileira como patrimônio nacional.
  Nesse Território reside cerca de 1.1 milhão de pessoas, a grande maioria em território brasileiro.
  São cerca de 3,5 espécies de plantas, 124 espécies de mamíferos, 436 espécies de aves e 325 espécies de peixes.
  A região foi ocupada por bandeirantes adentravam o sertão, seguindo o curso dos rios e misturando-se com as populações indígenas, seja por consenso ou violentamente. Junto com os bandeirantes vieram os negros. Essas matrizes éticas irão criar a cultura pantaneira - com sua pecuária própria, sua culinária, suas danças -, sempre muito influenciada pelas fronteiras com os demais países.
  O Pantanal ainda tem cerca de 85% de seu território bem bem preservado, mas também corre riscos por conta da pecuária inadequada, da plantação de grãos, da exploração das mineradoras e das hidrovias.
  Até hoje seus rios têm abundância de pesca, e o Pantanal atrai turistas do Brasil e de várias partes do mundo para contemplar sua belezas e usufruir das benesses naturais da região.    
Roberto Malvezzi (Gogó)
Assessor da CF/2017

terça-feira, 7 de março de 2017

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

8. O BIOMA CAATINGA
  O bioma Caatinga encontra-se envolvido pelo clima semiárido, na estreita faixa entre a Mata Atlântica e o Cerrado. O semiárido abrange uma área de 969.589 Km², predominante territórios de oito estados do Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte Piauí e Sergipe, mais o norte de Minas), circunscrevendo 1.135 municípios, onde hoje vivem 27 milhões de pessoas. Estes representam 46% do população do Nordeste e 13,5% da população do brasileira. Por sua vez, a Caatinga cobre mais 90% deste território, com uma extensão de 844.453 km². É importante observar que o semiárido, clima da Caatinga, e relativamente mais amplo que o próprio bioma.
  Trata-se do bioma mais antigo estigmatizado, sobre o qual se tem mais preconceito. Por uma compreensão equivocada, durante séculos foi criado no imaginário nacional a ideia de uma região seca, miserável de gente vivendo à míngua e gagas morrendo de fome e de sede. Com as longas secas, vinham as grandes migrações além da intensa mortalidade infantil. Esse tragédia social, cantada nas músicas, na literatura, na pintura, ainda hoje predomina no imaginário de amplas as parcelas da população brasileira.
  Entretanto, o bioma Caatinga desenvolveu imensa e inteligente capacidade de reproduzir milhares de espécies de vida vegetal e animal muito bem adaptadas ao ambiente a ao clima. A Caatinga, nos tempo sem chuva, adormece, hiberna, despertando somente nas próximas chuvas.
  Hoje, com o paradigma da "convivência com o semiárido", foi construído mais de 1 milhão de cisternas de capacitação da água da chuva e realizaram-se 200 mil obras com tecnologias para a produção, além de ter sido desenvolvida uma agroecologia apropriada para esse ambiente. Então, a vida mudou para melhor, e muito. Com inteligencia, a vida e farta também na Caatinga.
       Roberto Malvezzi (Gogó)
Assessor da CF/2017