quarta-feira, 5 de abril de 2017

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

13. A CONVERSÃO ECOLÓGICA
  Muitos cristãos, católicos, dizem que não deveríamos perder tempo na Quaresma com questões sociais e ambientais, e sim nos dedicar ao anúncio do de Jesus Cristo. Deveríamos cuidar das famílias das pessoas que estão perdidas pela vida e distante de Deus.
  Tudo o que estes dizem é verdadeiro. O anúncio do explícito do evangelho envolve sempre a pessoa de Jesus Cristo e as pessoas humanas. 
  Entretanto, o mundo contemporâneo nos põe a obrigação de olhar também para a criação para toda a criação e todas as criaturas. Cada criatura é obra de Deus "e tem uma mensagem", diz o Papa Francisco. Essa dimensão é bíblica também, mas estava um tanto esquecida de nossa parte.
  Por isso, nestes tempos de profunda crise social e ambiental, o papa nos convida a olhar para a Terra como uma mãe, uma irmã, da qual dependemos dela para viver. Ainda mais, ele insiste que "tudo está interligado". Essa frase é mais real e importante para nosso dia a dia do que possa parecer à primeira vista: precisamos de água para beber; de alimentos para comer; do ar para respirar; do clima ameno para sobreviver. Nesse sentido, somos animais como qualquer outro animal.
  Porém, o Papa Francisco nos chama a atenção para o mandamento do criador inserido do Livro do Gênesis: "O Senhor Deus tomou o homem e colocou no jardim de Éden, para cultivar e cuidar" (2,15). Aí está a chave de leitura para os cristãos no mundo contemporâneo.
  Para tal, o papa nos motiva a uma verdadeira "conversão ecológica", a fim de assim mudarmos nossa prática consumista e predadora, que gera lixo e desrespeito as pessoas. Quer que vivamos vida sóbria. que saibamos observar o "evangelho da criação", por meio da qual Deus também nos fala. E que saibamos viver uma "ecologia integral", na qual todas as dimensões de nossa vida sejam também dimensões de fé.
       Roberto Malvezzi (Gogó)
Assessor da CF/2017

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