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1. Para que existem aparições, se Deus deixou sua revelação na Bíblia?
As aparições não são consideradas pela como uma nova revelação de Deus, para completar o que Jesus Cristo nos deixou. Elas são uma experiência mística dos videntes na presença de Maria glorificada, recordar a única revelação de Deus em Jesus Cristo. Os videntes acentuam algumas aspectos da vida de fé, como a conversão, a oração, a penitência, a renovação da existência. Embora sejam uma forma de comunicação extraordinária, as mensagens das aparições não substituem nem a Bíblia nem o Espírito Santo, que fala no coração de cada cristão, na comunidade e magistério da Igreja. Tanto a palavra de um vidente quanto a de uma pessoa comum, que vive sua fé autenticamente, podem edificar e animar a comunidade cristã.
2. Como a Igreja Católica denomina as aparições de Nossa Senhora?
Elas são classificadas como "revelações privadas", para se diferenciarem da única revelação de Deus em Jesus Cristo, que foi fixada na Bíblia e é interpretada pela Tradição eclesial. Veja o que diz o Catecismo da Igreja Católica a esse respeito: "No decurso dos séculos tem havido revelações ditas 'privadas', algumas das quais foram reconhecidas pela autoridade da Igreja. Todavia, não pertencem ao deposito da fé. O seu papel não é 'aperfeiçoar' ou 'completar' a revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente, numa determinada época da história. Guiando pelo magistério da Igreja, o sentir dos fiéis sabe discernir e guardar o que nestas revelações constitui um apelo autêntico de Cristo ou dos seus santos à Igreja" (CIC 67).
3. Para que serve as aparições?
Segundo o mariólogo René Laurentin, as aparições:
- serve para atualizar, recordar, vivificar, explicar ou clarear a revelação;
- apresentam caráter prático, comunicando regras de conduta;
- acentuam determinadas práticas religiosas, posturas éticas ou formas de viver a espiritualidade do seguimento de Jesus.
Irmão Afonso Murad
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