quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018

7. JUVENTUDE E SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA 
   Muito se fala dos jovens e da juventude no tempo atual. Fala-se deles como protagonistas na construção de sua própria história e também com preocupação, porque são muitos os relatos de morte e de dor diante da realidade cruel que vivemos, de injustiças e violência: foram mais de 318 mil jovens assassinados no Brasil em 2005 e 2015. Apenas em 2015, foram 31.264 homicídios de pessoas com idade entre 15 e 29 anos (Mapa da violência 2017 - Ipea).
    Os Jovens são os segmentos social mais vulnerável, e entre eles os pobres e os negros são os mais atingidos. Em cada três jovens assassinados no Brasil, dois são negros. É uma realidade que nos mostra que a violência tem cor, faixa etária e moradia. É muito mais difícil ser um jovem negro, sobretudo nas periferias das grandes cidades.
    Os estudos demonstram uma interconexão entre a violência e as desigualdades sociais. O jovem pobre, com pouco acesso à educação de qualidade, ao trabalho e emprego, à cultura, esporte e lazer, à segurança pública, entre outros, está mais exposto a sofrer a praticar ações de violência. Entendemos que essa situação não se explica somente pelo fato econômico, mas também pela falta de respeito aos direitos de cidadãos/ãs. A violência é um dos pontos de vinculação direta com as desigualdades sociais (Relatório sobre o escândalo da desigualdade na América Latina, Christian Aid, 2017).
  Então podemos afirmar que a superação da violência passa pela superação das desigualdades sociais. E, neste sentido, o Brasil vem retrocedendo na garantia e de políticas públicas voltadas para atender às necessidades da população, principalmente da juventude. A mudança necessária passa por avançar nas conquistas e resistir para não perder nenhum direito já conquistado. O Estado precisa garantir políticas efetivas em defesa da vida e da superação da violência contra os jovens e todas as pessoas.
      Izalene Tiene
Leiga missionária na Amazônia

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