Uma vez concluído o sinal da cruz, a saudação apostólica e a introdução dos fiéis no sentido da celebração, quem preside a Eucaristia convida o povo reunido para o ato penitencial.
Embora não seja, necessariamente, um rito cantado, muitas comunidades têm realizado o ato penitencial com canto, sobretudo lançado mão da terceira opção dada pelo missal romano. Essa modalidade é construída de dois elementos: uma invocação que ressalta a misericórdia do Senhor, seguida da intervenção da assembleia: "Senhor, tende piedade de nós; Cristo tende piedade de nós; Senhor tende piedade de nós". Convém observar que tais invocações põem em relevo aspectos do mistério de Cristo, também os vinculado com os tempos doa no litúrgico. Em cada uma delas se ressalta a misericórdia do Senhor e não o pecado com tal.
O ato penitencial não deve ser reproduzido a descrições de pecados e outras lamúrias, comuns em alguns cantos equivocadamente utilizados nesse momento da celebração. Como vimos acima, o ato penitencial é bem mais que isso. Nesse momento ritual, a assembleia - incluindo quem preside - "confessa" a salvação dada por Deus na pessoa de Jesus Cristo. A título de exemplo, vejamos:
- "Senhor, que viestes ao mundo para nos salvar, tende piedade de nós" (Advento)
- "Cristo, Filho do homem, que conheceis e compreendeis nossa fraqueza, tende piedade de nós" (Natal).
- "Senhor, que nos mandastes perdoar-nos mutuamente antes de nos aproximar do vosso altar, tende piedade de nós" (Quaresma).
- "Cristo, nossa Páscoa, tende piedade de nós" (Páscoa)
- "Senhor, que sois o caminho que leva ao Pai tende piedade de nós" (Tempo Comum)
Possam essas observações ajudar-nos a melhor celebrar o ato penitencial.
Frei Joaquim Fonseca, ofm
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