terça-feira, 8 de maio de 2018

CANTAR A LITURGIA

5. FUNÇÃO MINISTERIAL DO CANTO: ABERTURA
   Entre os elementos que compõem os ritos iniciais de uma celebração, merece destaque o canto de abertura. Este cumpre ministerial de "abrir a celebração, promover a união da assembleia, introduzir no ministério do tempo litúrgico ou da festa e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros" (IGMR 47).
   Essa orientação deixa bem claro quatro funções de canto: a) "Abrir a celebração", ou seja, com esse canto, dá-se início a partipação ativa dos fiéis na celebração; b) "Promover a união da assembleia": esse canto constitui ritualmente a assembleia como tal, quando todos tomam parte nesta primeira ação comum; c) "Introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa": a união das vozes, graças à ação do Espírito, possibilita o acesso ao mistério de Cristo, no tempo e no espaço celebrativos; d) "Acompanhar a procissão dos ministros": essa procissão tem que ver com a função anterior, ou seja, os ministros e toda a assembleia "entram", ritualmente, no interior do templo, com os olhos fixos no centro, o altar.
   Nessa "entrada ritual", o símbolo mais importante é a cruz processional, sinal da presença do Senhor que caminha à frente de seu povo e atrai para si. Dada sua importância, é a cruz é plantada próxima ao altar, de frente para a assembleia. "É ela (a cruz) que dá o sentido - orientação e significado - à procissão e à reunião dos batizados" (J. Gelineau). Tudo isso, enquanto a assembleia entoa o canto de abertura. Disso se conclui que o canto não pode ser reduzido à mera função de canto de canto "para receber os ministros" - como as vezes se ouve nos comentários iniciais, em algumas de nossas igrejas...
Frei Joaquim Fonseca, ofm   

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