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O gesto visava somente cumprir um preceito legal. Quando Maria vem com Jesus e José ao templo, ela oferta a si própria a Deus. Carregando o bebê no colo, apresenta-se diante do Senhor com generosidade. Ela renova o compromisso que tinha feito com Deus na anunciação. Pois as opções mais profundas na vida, ainda que feitas uma vez para sempre, precisam ser renovadas e reafirmadas. Era como se Maria dissesse a Deus: Eu aceitei o teu chamado, teu filho se fez carne na minha carne. Obrigada! Agora, eu e José assumimos o compromisso de amá-lo e educá-lo. De ti recebemos a graça desta criança. A ti ofereceremos esta criança, como dádiva.
Quando ofertamos a Deus nossos dons, trabalhos, conquistados e esperanças, recriamos o gesto da apresentação de Maria. Enriquecemos a nós mesmos, à sociedade e ao mundo. As mãos de Maria, que simbolizam a disposição livre de se engajar na causa de Deus, sempre estão com Jesus. Ela não o retém. Entrega-o a Deus e a nós.
Que Maria educadora nos ensine a surpreendente lógica do evangelho: quando dividimos o que somos e temos, Deus multiplica as sementes e os frutos.
Irmão Afonso Murad
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