quinta-feira, 20 de julho de 2017

ANO MARIANO

8. MARIA NA APRESENTAÇÃO
  Lucas 2,21-23 narra a ida de José, Maria e o bebê Jesus a Jerusalém. Por volta de 40 dias depois do nascimento do filho mais velho (primogênito), a mãe e pai deviam ir ao templo de Jerusalém para oferecer o filho a Deus. Levaram para sacrifício religioso "dois pombinhos" (v. 24), oferta dos pobres. No templo, a família de Nazaré encontra o velho Simeão  (vv. 25-35) e a profetisa Ana (vv. 36-38). Ambos representavam o antigo povo de Israel, que acolhe com alegria e esperança o Messias. Simeão profetiza que Jesus será causa de contradição, revelará o que está escondido no coração das pessoas, e também que Maria sofrerá na carne grande conflito, devido às exigências de Jesus (vv. 34-35).
  O gesto visava somente cumprir um preceito legal. Quando Maria vem com Jesus e José ao templo, ela oferta a si própria a Deus. Carregando o bebê no colo, apresenta-se diante do Senhor com generosidade. Ela renova o compromisso que tinha feito com Deus na anunciação. Pois as opções mais profundas na vida, ainda que feitas uma vez para sempre, precisam ser renovadas e reafirmadas. Era como se Maria dissesse a Deus: Eu aceitei o teu chamado, teu filho se fez carne na minha carne. Obrigada! Agora, eu e José assumimos o compromisso de amá-lo e educá-lo. De ti recebemos a graça desta criança. A ti ofereceremos esta criança, como dádiva.
  Quando ofertamos a Deus nossos dons, trabalhos, conquistados e esperanças, recriamos o gesto da apresentação de Maria. Enriquecemos a nós mesmos, à sociedade e ao mundo. As mãos de Maria, que simbolizam a disposição livre de se engajar na causa de Deus, sempre estão com Jesus. Ela não o retém. Entrega-o a Deus e a nós.
  Que Maria educadora nos ensine a surpreendente lógica do evangelho: quando dividimos o que somos e temos, Deus multiplica as sementes e os frutos.
       Irmão Afonso Murad

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