terça-feira, 24 de outubro de 2017

ANO MARIANO

23. MARIA NOS ABRAÇA E NOS LEVA A JESUS
   Quando se vê alguém pela primeira vez, costuma-se aperta-lhe a mão e dizer: "Muito prazer". À medida que as pessoas se tornam mais próximas, olham-se e trocam sorrisos. Conforme a cultura local, parentes e amigos se saúdam um abraço ou um beijo no rosto. Há abraços e beijos meramente formais, de pessoas que nem se conhecem.
   Existem abraços que vêm do fundo coração, o ponto de substituir qualquer palavra. Abraços de sintonia com a dor outro, de contentamento, silencioso, de amor e afeto. A palavra abraçar também se aplica de forma simbólica, para expressar um compromisso de vida. Assim dizemos, por exemplo, que Dom Helder Câmera "abraçou" a causa da justiça, em defesa dos mais pobres. 
  Ser abraçado pelo amor de alguém é receber gratuitamente o seu afeto e a sua atenção. Maria de Nazaré, a mãe de Jesus, experimentou na sua vida o grande abraço de Deus. É este o sentido da expressão "agraciada", "cheia de graça" e "encontraste graça diante de Deus" (Lc 1,28.30). O Senhor olhou para ela com amor, preparou-a para a bela e desafiante missão de mãe e educadora de Jesus. Durante sua vida, Maria deve ter abraçado muitas vezes José, seu fiel companheiro, e Jesus, e deles deve também ter recebidos muitos abraços. Em Caná, ela abraçou a causa dos noivos em necessidades. Na cruz, recebeu o terno de João e abraçou a nova missão de ser mãe da comunidade (Jo 19,26-27).
   Há gente abraça e quer reter para si. Em vez de laços de afeto, lança correntes que aprisionam. Não é ocaso de Maria. Durante sua vida em Belém, e Nazaré e em Jerusalém, ela amava sem reter. Abraçava sem agarrar. Um amor livre, despojado. Hoje, na glória de Deus, Maria nos abraça carinhosamente. Ouve nossos clamores. Compreende nossas dores. Alegra-se com nossas alegrias. Um abraço que tem o tamanho do mundo, pois se estende a todos. Abraço que não segura ninguém para si, mas nos entrega livremente a Jesus, nosso mestre e Senhor. Aí reside o sentido da devoção mariana: ela nos abraça e nos leva a Jesus.
     Irmão Afonso Murad

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

OS MÁRTIRES

MÁRTIRES DE CUNHAÚ E URUAÇU 
  No ano de 1645, no contexto da dominação holandesa no Nordeste do Brasil, aconteceram dois morticínios na província onde situa o o atua estado do Rio Grande do Norte. O primeiro no dia 16 de junho, na localidade de Cunhaú, hoje situada no município de Canguaretama. O segundo no dia de 3 de outubro, na vila de Uruaçu, hoje município São Gonçalo do Amarante.
  O primeiro martírio sucedeu na capela de Nossa Senhora das Candeias, durante a missa presidida pelo padre André de Soveral, nascido no estado São Paulo, ordenado sacerdote na Companhia de Jesus (Jesuítas) e enviado a trabalhar no Colégio Jesuíta em Recife, de onde partiu em missão a então Capitania do Rio Grande. Mais de setenta pessoas que participavam da missa entregaram a vida Cristo quando a igreja foi invadida pelos índios capitaneados por Jacó Rabi, a mando do governador holandês. Por não ter sido possível identificar a todos, desses apenas o padre André e o leigo Domingos de Carvalho entraram na lista dos santos mártires brasileiros.
   O segundo martírio ocorreu às margens do rio Potengi, para onde um grupo de católicos foi conduzido após ter sido capturado na Fortaleza Dos Reis Magos (cujo nome tinha sido mudado pelos holandeses para Castelo de Keulen). Colocados de joelhos e despidos, foi-lhes oferecida a oportunidade de salvarem a vida se renunciassem à fé católica e aceitassem a conversão ao calvinismo, religião do então governador holandês. Neste grupo o destaque é o padre Ambrósio Francisco Ferro, pároco da cidade de Natal (que os holandeses chamaram de Nova Amsterdã), e o leigo Mateus Moreira (proclamado pela CNBB como patrono dos ministros extraordinários da comunhão eucarística no Brasil), o qual, ao ter o coração arrancado pelas costas, proclamou: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento".
  No dia 5 de março de 2000, na praça de São Pedro, o papa João Paulo II proclamou beatos os Mártires do Rio Grande do Norte, e no dia 20 de abril deste ano, o Papa Francisco anunciou a canonização deles para hoje, 15 de outubro.
     Dom Jaime Veira Rocha
Arcebispo da Arquidiocese de Natal - RN

sábado, 14 de outubro de 2017

ANO MARIANO

21. ASSUNÇÃO DE MARIA
   No dia 15 de agosto celebramos a Assunção de Maria (na igreja católica comemora-se no primeiro domingo, após o dia 15 quando o dia não cai domingo). O dogma afirma que, ao terminar sua vida na terra, ela foi totalmente assumida por Deus, de corpo e alma. Não uma simples "viagem ao céu" ou a reanimação de um morto como Lázaro (Jo 11,43-44) e o filho da viúva de Naim (Lc 7,13-15). O corpo de Maria foi transformado por Deus, embora não saibamos os detalhes. Ela já experimenta o que está prometido a cada um de nós: sermos semelhantes a Jesus ressuscitado (1Jo 3,2). Se morremos com ele, com ele ressuscitaremos (Rm 6,8). Maria está junto de Jesus, glorificada por inteiro. Deus assumiu e elevou sua história, seu sim renovado, suas ações e seu corpo.
   O dogma da assunção estimula a fé, especialmente quando o mal parece destruir nossas conquistas. Deus assumiu e transformou tudo de bom que Maria construiu aqui na terra, também o seu corpo. Olhando para Maria glorificada, a gente se anima a lutar pelo bem e pela justiça. Mesmo que a incompreensão e o fracasso pareçam mais fortes, cremos na vitória definitiva do Cristo ressuscitado. Ele inaugura o "novo céu a nova terra", onde Maria já está. Lá, Jesus ficará definitivamente junto de nós (Fl 1,23). Não haverá nem morte nem sofrimento. O Senhor fará novas todas as coisas (Ap 21,1-7).
   A assunção de Maria foi o término feliz de seu peregrinar neste mundo. Cada vez que ela dava novos passos para seguir a Jesus, para realizar a vontade de Deus, o Senhor ia assumindo e transformando sua pessoa. Até que chegou o momento final. Acontece algo parecido com cada cristão. Na vida de fé, cada novo passo corresponde a um dom de Deus. Ele nos acolhe, toma-nos pela mão, assume-nos e nos transforma. Conforme o Concílio Vaticano II, Maria assunta ao céu, é a imagem e o começo da Igreja, a ser consumada no futuro. Ela brilha aqui na terra como sinal de esperança segura e de conforto para o povo de Deus peregrino, até que chegue o dia do Senhor (Lumen Gentium, n. 68).
Irmão Afonso Murad

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

HOMENAGEM

BLOG CAMINHOS DE JESUS E RÁDIO CULTURA BRASIL 2 AO VIVO NO YOUTUBE.COM DESEJA FELIZ DIAS DAS CRIANÇAS, AS CRIANÇAS QUE SÃO O FUTURO DO NOSSO BRASIL.
NOSSA SENHORA APARECIDA DO BRASIL ROGAI PELOS FILHOS TEUS, ACOLHEI AS NOSSAS SUPLICA E LEVAI PARA O TEU FILHO JESUS CRISTO, SOMOS FRUTOS DO TEU AMOR POR DEUS, SOMOS CHAMADOS A EVANGELIZAR LEVAR A PALAVRA DO TEU ÚNICO AOS QUARTO CANTOS DA TERRA, SOMOS TEU O MÃE, AMÁVEL, O MÃE QUERIDA DE APARECIDA, EU TE COROU COMO PADROEIRA DO BRASIL DESSE BRASIL QUE TE FEZ A SUA CASA E TE ABRAÇOU DE CORPO E ALMA, EU ENTREGO O MEU CORPO E ALMA EM TUAS MÃOS E NAS MÃOS DE TEU FILHO ÚNICO, PROTEGEI A NOSSA PÁTRIA, SEU FILHO NOSSO REDENTOR FEZ COM TANTO CARINHO O NOSSO PLANETA, O QUERIDA MÃE APARECIDA A TUA CASA E A NOSSA CASA, A TUA FAMÍLIA E A NOSSA FAMÍLIA, OLHAI PARA AS CRIANÇAS DO NOSSO BRASIL E AS PROTEGEI DOS PERIGOS DESSE MUNDO, NOSSA SENHORA QUE PISOU NA CABEÇA DA SERPENTE E A DERROTOU, A NOSSA CERTEZA ÉS QUE A MÃE DE DEUS E NOSSA MÃE QUE NUNCA DEIXA OS FILHOS TEUS, E SEMPRE NOS QUER BEM. NESSE MANTO AZUL ANIL DA COR DO CÉU EU COLOCO AS PÉS DA CRUZ DE TEU FILHO REDENTOR AS NOSSA AFLIÇÕES E A NOSSA DOR E NOSSA FRAQUEZA, SOMOS UM POVO PECADOR, MAS TEU ÚNICO NUNCA NOS ABANDONA SEMPRE FICA CONOSCO.
AMÉM.      

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

ANO MARIANO

20. IMACULADA CONCEIÇÃO
   Cada ser humano, experimenta uma luta interior. Quer fazer o bem, ser inteiro inteiro nas decisões, perdoar, exercitar a generosidade, lutar para melhorar o mundo... mas as realizações ficam abaixo dos dons desejos. Somos frágeis, com a tendência ao mais fácil e imediato.
   O dogma da Imaculada afirma que Maria, sendo sendo humana como nós, recebe de Deus uma graça especial, para ser forte diante de Deus uma graça especial, para ser forte diante das tentações do mal, assumir com inteireza sua decisões e ser proativa. Maria foi preparada por Deus para a missão de mãe, educadora e discípula de Jesus. E assim ela fez, como mostra o evangelho: ouviu a Palavra, guardou-a no coração e frutificou.
   A graça de Deus, quando atua, no ser humano, é sempre uma estrela de duas duas mãos. De um lado, o Senhor nos oferece sua presença irradiante, que purifica, perdoa, fascina, integra e convoca para a missão. De outro lado, a gente responde, ao viver a fé, na esperança e no amor solidário. Portanto, o dogma da Imaculada não fala somente de um privilégio de Maria, e sim da vitória de Deus nela. Isso tem enorme valor para toda humanidade. Mostra que o mais original no ser humano não é o pecado, a mediocridade, as sombras, mas sim o dom de Deus, a criatividade, a luz.
  Desde o início, Deus nos chama para a comunhão com ele. Assim já experimentaram os profetas: "As de saíres do ventre de tua mãe, eu te conhecia e te consagrei" (Jr 1,5); "O Senhor me chamou desde o ventre materno" (Is 49,1). Maria mais do que ninguém experimentou a gratuidade do Senhor e viveu a inteireza da resposta de Deus. Como se canta a música: "Um coração assim para vida, um coração que era assim para o irmão. Um coração que assim para Deus, reino Deus renovando este chão".
           Irmão Afonso Murad