Cada ser humano, experimenta uma luta interior. Quer fazer o bem, ser inteiro inteiro nas decisões, perdoar, exercitar a generosidade, lutar para melhorar o mundo... mas as realizações ficam abaixo dos dons desejos. Somos frágeis, com a tendência ao mais fácil e imediato.
O dogma da Imaculada afirma que Maria, sendo sendo humana como nós, recebe de Deus uma graça especial, para ser forte diante de Deus uma graça especial, para ser forte diante das tentações do mal, assumir com inteireza sua decisões e ser proativa. Maria foi preparada por Deus para a missão de mãe, educadora e discípula de Jesus. E assim ela fez, como mostra o evangelho: ouviu a Palavra, guardou-a no coração e frutificou.
A graça de Deus, quando atua, no ser humano, é sempre uma estrela de duas duas mãos. De um lado, o Senhor nos oferece sua presença irradiante, que purifica, perdoa, fascina, integra e convoca para a missão. De outro lado, a gente responde, ao viver a fé, na esperança e no amor solidário. Portanto, o dogma da Imaculada não fala somente de um privilégio de Maria, e sim da vitória de Deus nela. Isso tem enorme valor para toda humanidade. Mostra que o mais original no ser humano não é o pecado, a mediocridade, as sombras, mas sim o dom de Deus, a criatividade, a luz.
Desde o início, Deus nos chama para a comunhão com ele. Assim já experimentaram os profetas: "As de saíres do ventre de tua mãe, eu te conhecia e te consagrei" (Jr 1,5); "O Senhor me chamou desde o ventre materno" (Is 49,1). Maria mais do que ninguém experimentou a gratuidade do Senhor e viveu a inteireza da resposta de Deus. Como se canta a música: "Um coração assim para vida, um coração que era assim para o irmão. Um coração que assim para Deus, reino Deus renovando este chão".
Irmão Afonso Murad
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