sábado, 14 de outubro de 2017

ANO MARIANO

21. ASSUNÇÃO DE MARIA
   No dia 15 de agosto celebramos a Assunção de Maria (na igreja católica comemora-se no primeiro domingo, após o dia 15 quando o dia não cai domingo). O dogma afirma que, ao terminar sua vida na terra, ela foi totalmente assumida por Deus, de corpo e alma. Não uma simples "viagem ao céu" ou a reanimação de um morto como Lázaro (Jo 11,43-44) e o filho da viúva de Naim (Lc 7,13-15). O corpo de Maria foi transformado por Deus, embora não saibamos os detalhes. Ela já experimenta o que está prometido a cada um de nós: sermos semelhantes a Jesus ressuscitado (1Jo 3,2). Se morremos com ele, com ele ressuscitaremos (Rm 6,8). Maria está junto de Jesus, glorificada por inteiro. Deus assumiu e elevou sua história, seu sim renovado, suas ações e seu corpo.
   O dogma da assunção estimula a fé, especialmente quando o mal parece destruir nossas conquistas. Deus assumiu e transformou tudo de bom que Maria construiu aqui na terra, também o seu corpo. Olhando para Maria glorificada, a gente se anima a lutar pelo bem e pela justiça. Mesmo que a incompreensão e o fracasso pareçam mais fortes, cremos na vitória definitiva do Cristo ressuscitado. Ele inaugura o "novo céu a nova terra", onde Maria já está. Lá, Jesus ficará definitivamente junto de nós (Fl 1,23). Não haverá nem morte nem sofrimento. O Senhor fará novas todas as coisas (Ap 21,1-7).
   A assunção de Maria foi o término feliz de seu peregrinar neste mundo. Cada vez que ela dava novos passos para seguir a Jesus, para realizar a vontade de Deus, o Senhor ia assumindo e transformando sua pessoa. Até que chegou o momento final. Acontece algo parecido com cada cristão. Na vida de fé, cada novo passo corresponde a um dom de Deus. Ele nos acolhe, toma-nos pela mão, assume-nos e nos transforma. Conforme o Concílio Vaticano II, Maria assunta ao céu, é a imagem e o começo da Igreja, a ser consumada no futuro. Ela brilha aqui na terra como sinal de esperança segura e de conforto para o povo de Deus peregrino, até que chegue o dia do Senhor (Lumen Gentium, n. 68).
Irmão Afonso Murad

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