O Glória é um hino que remonta aos primeiros séculos da era cristã. Na Instrução Geral sobre o Missal Romano, lemos que o Glória é um "hino antiqüíssima e venerável, pelo qual a Igreja consagrada no Espírito Santo glorifica w suplica a Deus Pai e ao Cordeiro" (IGMR 53).
Esta definição nos deixa claro que o Gloria é um hino de louvor que canta glória do Pai e do Filho. No entanto o Filho se mantém no centro do louvor, da aclamação e da suplica. Motivada pelo Espírito Santo, a assembléia entoa esse hino, cuja origem é o canto dos anjos que restou pela primeira vez nos ouvidos dos pastores de Belém, na noite do nascimento de Jesus (Lc 2,14).
O Glória pode ser dividido em três sessões:
a) O canto dos anjos na noite do nascimento de Cristo: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados".
b) Os louvores a Deus Pai: "Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: nós vos bendizemos, nós vos adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graças por vossa imensa glória".
c) Os louvores, seguidos de súplicas e aclamação a Cristo: "Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus. Vós que tirais o pecado, tende piedade de nós. Vós que tirais o pecado do mundo atendei nossa súplica. Vós que estais sentado a direita do Pai, tende piedade de nós. Só vós sois o Santo, só vós o Senhor, só vós, o Altíssimo, Jesus Cristo".
O gloria termina retomando o canto majestoso de seu incio e inclui o Espírito Santo. Esta inclusão não constitui, em primeira instância, um louvor explícito à terceira pessoa Santíssima Trindade. O Espírito Santo aparece relacionado com o Filho, pois é nesse que se concentram os louvores, as aclamações e as súplicas.
Frei Joaquim Fonseca, ofm
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