domingo, 8 de abril de 2018

CANTAR A LITURGIA

1. CANTAR A LITURGIA: CANTAR A VIDA
   Esta coluna se ocupará, até o fim do ano, do canto e da música na liturgia. Este tema será abordado segundo quatro eixos fundamentais, a saber: a) a razão de nosso cantar na liturgia; b) a função ministerial de cada canto da celebração eucarística; c) os mistérios litúrgico-musicais; c) nosso cantar ao longo do ano litúrgico. A título de introdução, uma breve abordagem sobre a música na vida humana.
  Todas as dimensões da vida humana estão, de algum modo, permeadas de música. Há música para momentos de lazer, para fins terapêuticos, para ser escutada (em concertos, shows, gravações...), músicas para trilhas de filmes, novelas, de teatro etc.
  A música, em si, tem "poder" de influenciar os sentimentos humanos e até transforma-los. Facilmente podemos passar da tristeza à alegria, do riso às lágrimas... A música é capaz de interferir em todo o nosso ser, negativa ou positivamente.
  Os povos antigos sempre tiveram especial apreço para com a música, a dança é a poesia. Essas expressões artísticas tiveram lugar cativo nos diversos momentos da vida, desde o nascimento até por ocasião da morte.
   No âmbito religioso, a música desempenha um papel singular, desde simples canções com alguma mensagem religiosa até a música utilizada como rito. A expressão "música ritual" quer significar esse tipo específico de música que tem por função integrar ou construir um rito. É nessa circunstância privilegiada da vida, ou seja, nos momentos celebrativos, que o ser humano, "cheio de admiração diante da divindade, sentindo-se protegido por ela ou repleto de seu poder, dedica-se assim a seu louvor. Se teme ou treme diante da santidade divina, esta ao mesmo tempo o fascina e atrai. Ela arranca de seus lábios o hino de adoração. É, tendo preparado a sua graça, entoa então a ação de graças" (J. Gelineau).
Frei Joaquim Fonseca, ofm

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