Os biomas são formados pelo conjunto da vida animal e vegetal que ocupam determinado espaço. Estão, para muitos cientistas, os povos que habitam os biomas são também parte integrante desses conjuntos de vida.
A Campanha da Fraternidade de 2017 dedica a atenção particular às chamadas populações originárias que habitam esses espaços. Falamos principalmente dos indígenas. Por isso, um dos objetivos específicos dessa CF é "conhecer melhor e nos comprometer com as populações originárias, reconhecer seus direitos, pertença ao povo brasileiro, respeitando sua história, suas culturas, seus territórios e seu modo específico de viver" (Texto-base).
É certo que hoje somos mais de 200 milhões de pessoas no país e cerca de 80% de nossa população é urbana. Em nossos temos também as chamadas comunidades tradicionais, como os quilombolas, os pescadores e outras múltiplas formas de viver e conviver com a terra, a água e as florestas. Mas, quando os europeus chegaram a estas terras, 5 milhões de indígenas já estavam aqui, dos quais restam aproximadamente apenas 800 mil.
A ocupação do território hoje definido com Brasil foi muitas violenta e cruel com esses povos. Perseguidos, contaminados por doenças, guerreados,com seus territórios usurpados, quase foram extintos. Mas resistiram. Ainda existem. Por consenso ou por violência, houve muita "mistura" de povos no Brasil. Nossa sangue é muito mais indígena e negro do que imaginamos.
Podemos nos perguntar: o que resta daquelas florestas, daquelas águas, daquele clima variado que os europeus encontraram quando chegaram aqui? O que resta daquelas populações originárias que habitavam nosso território? Como está a situação daqueles que ainda estão vivos?
Roberto Malvezzi (Gogó)
Assessor da CF/2017
O total de indígenas mortos foi: 4.499.200.000 - 5.000.000.000 = 800.000 mil restam no Brasil praticamente quase todos os indígenas do Brasil.
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