domingo, 23 de dezembro de 2018

MENSAGEM

BLOG CAMINHOS DE JESUS E RÁDIO CULTURA BRASIL 2 AO VIVO DESEJA FELIZ NATAL E FELIZ 2019!!!!
NÃO ESQUECEMOS DO PRINCIPAL QUE O NASCIMENTO DO SALVADOR JESUS CRISTO QUE ELE NASÇA EM NOSSOS CORAÇÕES. O SENHOR É A MINHA FORÇA PARA CAMINHAR SEMPRE CAMINHE COM O SENHOR JESUS CRISTO ELE O REMÉDIO PARA A NOSSA SALVAÇÃO. 

domingo, 2 de dezembro de 2018

TEMPO DO ADVENTO

2 DE DEZEMBRO DE 2018 ANO C

1° DOMINGO DO TEMPO DO ADENTO
HOJE SE ASCENDE A PRIMEIRA VELA DA COROA DO ADVENTO VEM SENHOR JESUS CRISTO MORAR EM NOSSOS CORAÇÕES, NASCE DENTRO DE NÓS A CHAMA DA VIDA QUANDO ACENDEMOS A PRIMEIRA VELA DA COROA DO ADVENTO, TEMPO DE PREPARAÇÃO PARA NATAL DO SENHOR JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR E REDENTOR, QUE NASÇA DENTRO DE NOS A ESPERA E VIGILÂNCIA DESSE TEMPO DE PREPARAÇÃO 

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

NOSSA SENHORA DO MONTE SERRAT

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8 de setembro de 2018 Nossa Senhora do Monte Serrat
   Querida mãe, Nossa Senhora do Monte Serrat!
   Atraídos por vosso amor materno, subimos o monte em peregrinação. Carregamos conosco toda a nossa vida, que é um subida constante, com alegria e dificuldades, esperanças e tristezas. E, assim como trazias Jesus ao colo e olhais com carinho para ele, nós também nos sentimos em vosso braços maternos. Nosso coração se enche de alegria e confia, e nos sentimos amparados nas lutas da vida.
    Neste ano dos fiéis leigos, olhamos para vós que fostes escolhida por Deus para ser a Mãe do Salvador e colaborador deforma tão profunda na obra da salvação. Ensinai-nos, mãe querida, a olhar também para Jesus. Vós que nunca lhe negastes nada, e dissestes sempre sim a Deus, fazei-nos ser seguidores fiéis de Jesus, bons discípulos-missionários, e seus instrumentos na construção do Reino de Deus, comprometidos com a verdade e com a justiça, sal da terra e luz! Assim, queremos cumprir o que mandastes nas Bodas de Caná: "Fazei tudo o que ele nos disser"! para que possamos realizar no mundo nossa missão, olhai, Mãe querida, pelo vossos devotos,para nossa Diocese, para nossas famílias, pelas crianças, adolescentes e jovens, por nossa cidade e por todo o povo brasileiro.
Nossa Senhora do Monte Serrat, rogai por nós!

Nossa Senhora que carregastes o seu filho amado Jesus Cristo, o Salvador do Universo, acolhe a nossa Suplica, as nossas preces, vós que fostes coroada com Rainha, abençoa nossa cidade Santos SP (coloque aqui o nome de sua cidade), e protege nos dos perigos que nos rodeiam, nos subimos o Seu Monte com dificuldades, o mãe querida e minha mãe, nos te coroamos com a Mãe do Salvador, rainha do manto azul anil, assim seja amém.  

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

MENSAGEM DO BLOG.

FELIZ DIA DOS PAIS
BLOG CAMINHOS DE JESUS 2 E RÁDIO CULTURA BRASIL 2 AO VIVO DESEJA UM FELIZ E ABENÇOADO DIA DOS PAIS 12 DE AGOSTO DE 2018 COMEMORE ESSA DATA COM SEU HERÓI E SEU MELHOR AMIGO SEU PAI, O PAI QUE TE ENSINA E TE GUIA PELO MELHOR CAMINHO QUE FAZ NA VIDA E TE MOSTRA A MELHOR COISA A SER FEITA  DE MELHOR NA SUA VIDA, DESFRUTE DESSE DIA TÃO ESPECIAL. 
SÃO JOSÉ O PAI DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO ROGAI POR NÓS.

domingo, 24 de junho de 2018

CANTAR A LITURGIA

9. FUNÇÃO MINISTERIAL DO CANTO: SALMO RESPONSORIAL
   O costume de cantar o salmo durante a liturgia da Palavra, na missa, remonta aos primeiros séculos da história do cristianismo. Essa prática, herdada do culto da sinagoga judaica, foi incorporada à liturgia cristã muito cedo. Ao longo dos séculos, o salmo da missa por diversas etapas, a ponte de, no final do primeiro milênio, reduzir a um outro versículo executando por um solista, nos degraus do ambão. Daí veio o antigo nome "gradual" dando a esse salmo.
  A reforma pós-conciliar valorizou, de reforma expressiva, o salmo responsorial, ligando-se sempre ao sentido teológico da primeira leitura. O salmo ocupa um espaço significativo com resposta por dois motivos: porque é cantado de forma dialogal entre salmista e assembleia e porque é escolhido para responder à palavra de Deus proclamada, prolongando, assim, seu sentido teológico-litúrgico e espiritual. Esse prolongamento vai-se dando enquanto o(a) salmista entoa as estrofes e a assembleia repete o refrão. Poderíamos dizer que este salmo nos ressoa nos ouvidos e no coração da assembleia com um suave eco da primeira leitura. É sua resposta em forma de oração.
   "É parte integrante da liturgia da Palavra" (IGMR 61). Tem valor de leitura bíblica. Porém essa "leitura" possui um caráter diverso das demais proclamadas na liturgia, uma vez que sua estrutura literária é essencialmente lírica e poética.
  Via regra, o salmo responsorial - ao menos nos domingos e festas - deve ser cantado. Não Podemos nos contentar com uma simples recitação. Uma melodia elaborada, com fraseado e cadências bem preparadas, traz às palavras do salmo um sabor todo especial. O canto favorece a compreensão do sentido espiritual do salmo e contribui para a interiorização.
      Frei Joaquim Fonseca, ofm

sábado, 23 de junho de 2018

CANTAR A LITURGIA

8. FUNÇÃO MINISTERIAL DO CANTO: GLÓRIA DEUS NAS ALTURAS
  O Glória é um hino que remonta aos primeiros séculos da era cristã. Na Instrução Geral sobre o Missal Romano, lemos que o Glória é um "hino antiqüíssima e venerável, pelo qual a Igreja consagrada no Espírito Santo glorifica w suplica a Deus Pai e ao Cordeiro" (IGMR 53).
   Esta definição nos deixa claro que o Gloria é um hino de louvor que canta glória do Pai e do Filho. No entanto o Filho se mantém no centro do louvor, da aclamação e da suplica. Motivada pelo Espírito Santo, a assembléia entoa esse hino,  cuja origem é o canto dos anjos que restou pela primeira vez nos ouvidos dos pastores de Belém, na noite do nascimento de Jesus (Lc 2,14).
   O Glória pode ser dividido em três sessões:
   a) O canto dos anjos na noite do nascimento de Cristo: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados".
   b) Os louvores a Deus Pai: "Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: nós vos bendizemos, nós vos adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graças por vossa imensa glória".
   c) Os louvores, seguidos de súplicas e aclamação a Cristo: "Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus. Vós que tirais o pecado, tende piedade de nós. Vós que tirais o pecado do mundo atendei nossa súplica. Vós que estais sentado a direita do Pai, tende piedade de nós. Só vós sois o Santo, só vós o Senhor, só vós, o Altíssimo, Jesus Cristo".
  O gloria termina retomando o canto majestoso de seu incio e inclui o Espírito Santo. Esta inclusão não constitui, em primeira instância, um louvor explícito à terceira pessoa Santíssima Trindade. O Espírito Santo aparece relacionado com o Filho, pois é nesse que se concentram os louvores, as aclamações e as súplicas.
     Frei Joaquim Fonseca, ofm

terça-feira, 5 de junho de 2018

CANTAR A LITURGIA

7. FUNÇÃO MINISTERIAL DO CANTO: SENHOR TENDE PIEDADE DE NÓS
   "Depois do ato penitencial, incia-se sempre o Senhor, tende piedade, não ser que já tenha sido rezado no próprio ato penitencial" (IGMR 52a). O "Senhor, tende piedade de nós" ou Kyrie eleison pertence ao bloco de cantos da celebração eucarística que costumamos chamar de "ordinário da missa". É uma aclamação e invocação da misericórdia do Senhor, o Kyrios. 
   Apesar da dificuldade de precisar de precisar a original do "Senhor, tende piedade" e quando se deu a sua inclusão no rito da missa, testemunhos antigos nos revelam que os kyrie eleison estavam relacionados com a resposta da oração dos fiéis, na Liturgia da Palavra da missa e na Liturgia das Horas. A cada invocação o povo respondia com o Kyrie eleison. Mais tarde, este canto foi incluído nos ritos iniciais da missa, após o ato penitencial ou como uma variante desde (cf. 3ª opção do missal).
   O Kyrie é, portanto, uma aclamação suplicante a Cristo Senhor, e não uma forma de invocação trinitária, como foi equivocadamente interpretada por muito tempo. Aliás, Kyrios foi o nome mais comum dado a Cristo ressuscitado pelos primeiros cristãos. 
    Quando à execução, por ser tratar de uma ladainha , o acompanhamento instrumental deverá ser sóbrio  e discreto para não ofuscar a voz de quem canta as invocações. Quando a assembleia intervir, os instrumentos tocar com um pouco mais de vigor. "Via de regra, cada aclamação é repetida duas vezes, não se excluindo, porém, um número maior de repetições por causa da índole das diversas línguas, da música ou das circunstâncias" (IGMR 52b).
   Por fim, o "Senhor tende piedade" é um canto, por sua natureza, deve ser entoado por toda a assembleia, assim como o hino "Glória a Deus nas alturas". Deste, falaremos oportunamente.
Frei Joaquim Fonseca, ofm 

quarta-feira, 23 de maio de 2018

MEU TESTEMUNHO DE FÉ

Meu testemunho de fé.
Eu estava na missa das 17h00 na Igreja Sagrado Coração de Jesus em Santos SP a cidade onde eu vivo e moro, estava sentado dentro da Igreja do nada ouvi a voz do Senhor me falar para ir para fora no corredor da Igreja, olhei para o céu e no meio de duas nuvens eu vi o rosto belo do Senhor Jesus eu nunca tinha visto isso antes ele apareceu para mim. Obrigado Senhor Jesus Cristo eu creio em ti. Tu me deste a vida eu te louvo e te bendigo o Deus Senhor do Universo, Senhor que dá a sua em amor a nós, tende piedade de nós e nos mostra sua face e resplandece sobre nós, tende piedade e compaixão de nós, o seu povo santo e pecador cuida de nós o Senhor e nos de a sua benção e proteção. Pela tua misericórdia e pela tua compaixão, eu te agradeço por tudo que tens feito e favor dos pobres e pecadores, o Senhor de Deus que está sentado a direita do Pai que nos deste a vida em favor do seu Filho Único Jesus Cristo.  

segunda-feira, 14 de maio de 2018

CANTAR A LITURGIA

6. FUNÇÃO MINISTERIAL DO CANTO: ATO PENITENCIAL
   Uma vez concluído o sinal da cruz, a saudação apostólica e a introdução dos fiéis no sentido da celebração, quem preside a Eucaristia convida o povo reunido para o ato penitencial.
   Embora não seja, necessariamente, um rito cantado, muitas comunidades têm realizado o ato penitencial com canto, sobretudo lançado mão da terceira opção dada pelo missal romano. Essa modalidade é construída de dois elementos: uma invocação que ressalta a misericórdia do Senhor, seguida da intervenção da assembleia: "Senhor, tende piedade de nós; Cristo tende piedade de nós; Senhor tende piedade de nós". Convém observar que tais invocações põem em relevo aspectos do mistério de Cristo, também os vinculado com os tempos doa no litúrgico. Em cada uma delas se ressalta a misericórdia do Senhor e não o pecado com tal.
   O ato penitencial não deve ser reproduzido a descrições de pecados e outras lamúrias, comuns em alguns cantos equivocadamente utilizados nesse momento da celebração. Como vimos acima, o ato penitencial é bem mais que isso. Nesse momento ritual, a assembleia - incluindo quem preside - "confessa" a salvação dada por Deus na pessoa de Jesus Cristo. A título de exemplo, vejamos:
   - "Senhor, que viestes ao mundo para nos salvar, tende piedade de nós" (Advento)
   - "Cristo, Filho do homem, que conheceis e compreendeis nossa fraqueza, tende piedade de nós" (Natal).
   - "Senhor, que nos mandastes perdoar-nos mutuamente antes de nos aproximar do vosso altar, tende piedade de nós" (Quaresma).
   - "Cristo, nossa Páscoa, tende piedade de nós" (Páscoa)
   - "Senhor, que sois o caminho que leva ao Pai tende piedade de nós" (Tempo Comum)
   Possam essas observações ajudar-nos a melhor celebrar o ato penitencial.
      Frei Joaquim Fonseca, ofm  

domingo, 13 de maio de 2018

FELIZ DIA DAS MÃES

FELIZ DIA DAS MÃES A TODAS A MÃES DO BRASIL ESPECIAL A MINHA MARIA ROSA, MÃE QUE LUTA, MÃE QUE CHORA, MÃE GUERREIRA, MÃE DE SANGUE, MÃE LEAL.
13 DE MAIO DIA DA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, NOSSA SENHORA DE FÁTIMA ROGAI POR NÓS!

terça-feira, 8 de maio de 2018

CANTAR A LITURGIA

5. FUNÇÃO MINISTERIAL DO CANTO: ABERTURA
   Entre os elementos que compõem os ritos iniciais de uma celebração, merece destaque o canto de abertura. Este cumpre ministerial de "abrir a celebração, promover a união da assembleia, introduzir no ministério do tempo litúrgico ou da festa e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros" (IGMR 47).
   Essa orientação deixa bem claro quatro funções de canto: a) "Abrir a celebração", ou seja, com esse canto, dá-se início a partipação ativa dos fiéis na celebração; b) "Promover a união da assembleia": esse canto constitui ritualmente a assembleia como tal, quando todos tomam parte nesta primeira ação comum; c) "Introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa": a união das vozes, graças à ação do Espírito, possibilita o acesso ao mistério de Cristo, no tempo e no espaço celebrativos; d) "Acompanhar a procissão dos ministros": essa procissão tem que ver com a função anterior, ou seja, os ministros e toda a assembleia "entram", ritualmente, no interior do templo, com os olhos fixos no centro, o altar.
   Nessa "entrada ritual", o símbolo mais importante é a cruz processional, sinal da presença do Senhor que caminha à frente de seu povo e atrai para si. Dada sua importância, é a cruz é plantada próxima ao altar, de frente para a assembleia. "É ela (a cruz) que dá o sentido - orientação e significado - à procissão e à reunião dos batizados" (J. Gelineau). Tudo isso, enquanto a assembleia entoa o canto de abertura. Disso se conclui que o canto não pode ser reduzido à mera função de canto de canto "para receber os ministros" - como as vezes se ouve nos comentários iniciais, em algumas de nossas igrejas...
Frei Joaquim Fonseca, ofm   

domingo, 29 de abril de 2018

CANTAR A LITURGIA

4. CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DO REPERTÓRIO LITÚRGICO 
   Uma vez que a seu escolha do repertório litúrgico não deve ser feita de forma aleatória e subjetiva, vejamos, a seguir, alguns critérios relativos aos textos e à melodia: 
a) Quanto aos textos:
- Sejam extraídos da Sagrada Escritura, ou inspirados nela e nas fontes litúrgicas (cf. SC 121). Na tradição litúrgica, o texto sempre teve primazia.
- Sejam poéticos, evitando explicações óbvias, redundâncias, moralismos, intimimos, chavões. A autêntica poesia não comporta excessos! 
- Sejam levados em conta as dimensões comunitária, dialogal e orante. 
- Sejam originais, evitando paráfrases, acréscimos ou substituições (sobretudo nos cantos do "ordinário" da missa).
- Estejam em consonância com os tempos do ano litúrgico e suas festas (cf. SC 107).
- Estejam de acordo com o momento ritual a que se destinam ( cf. SC 112).
- Estejam vazados de uma linguagem condizente com a cultura do povo.
b) Quanto à melodia:
- Seja inspirada (com beleza e profundidade).
- Seja acessível à grande maioria da assembleia, valendo o alerta de confundir acessível com banal, superficial.
- Seja capaz de realçar o sentido teológico-litúrgico-espiritual dos textos. A primazia do texto, acima de tudo!
- Seja original, evitando adaptações de cantos populares, trilhas sonoras de filmes e novelas. Este critério ser observado sobretudo nas celebrações do matrimônio!
- Seja, na medida do possível, expressão autêntica da cultura do povo do país ou da região.
  Em suma, o repertório bíblico-litúrgico, concretiza o princípio conciliar da música como "parte integrante e necessária"  da ação litúrgica, cuja finalidade primordial é a glória de Deus e a satisfação da assembleia celebrante (cf. SC 112).
Frei Joaquim Fonseca, ofm

quinta-feira, 26 de abril de 2018

CANTAR A LITURGIA

3. IMPORTÂNCIA DO REPERTÓRIO LITÚRGICO
   Na pastoral litúrgico-musical, muito tem falado de "repertório". Trata-se de um conjunto de um conjunto de canto que cada comunidade elege - segunda critérios teológicos - para uso nas celebrações ao longo da ano litúrgico.
   Repertório pressupõe repetição. Bom exemplo disso é o repertório que, a cada ano, é executado nas festas e folguedos populares: aqui se repetem determinados cantos que expressam a essência do "evento" celebrado. Normalmente não há mistura de cantos. É essa "reserva simbólica" que caracteriza e garante o real sentido das festas permitirá à comunidade vivenciar o mistério pascal de Jesus, graças à ação renovadora do Espírito Santo.
   Repertório tem que ver com rito. O rito, por natureza, põe ordem, classifica, estabelece prioridades, e organiza, dá sentido à ação e, consequentemente, é estável. A ação primordial do rito do cristão é evocar tornar presente, recordar e, sobretudo, alimentar a fé em Jesus Cristo. A música, enquanto rito, deve naturalmente possuir essas profundidades.
   Um repertório bíblico-litúrgico que permanece vivo na memória dos fieis, além de facilitar a participação assembleia, também resgata a dimensão de "memorial" - essencial para a liturgia. A ação renovadora do Espírito Santo proporcionará à assembleia a novidade na repetição. A pedagogia intrínseca ao ato de repetir, a cada ano, um repertório básico de cantos levará os fiéis a uma vivência espiritual, cada vez mais intensa, do mistério celebrado.
Frei Joaquim Fonseca, ofm

sábado, 14 de abril de 2018

CANTAR A LITURGIA

2. CANTO E MÚSICA: PARTES INTEGRANTES DA LITURGIA
   Na liturgia cristã, canto e música expressam a fé herdada do povo da primeira aliança (Israel), cujo ponto culminante se deu na pessoa de Jesus Cristo, no seu mistério pascal. O Concílio Vaticano II deixou bem claro que a música será tanto mais litúrgica quanto intimamente estiver integrada na ação litúrgica e no momento ritual a que se destina (SC 112). Trata-se, portanto, de uma música inserida na sacramentalidade da liturgia, uma vez que seus elementos constitutivos (textos e demais expressões musicais) se "integram" com os outros elementos da celebração (assembleia e seus ministérios, leituras bíblicas, orações, símbolos, ações simbólicas etc.).
   Disso decorre o cuidado que se deve no memento da escolha do canto e da música para as celebrações litúrgicas. Não se trata, portanto, de uma escolha aleatória ou meramente subjetiva, mas da objetividade do rito celebrado. Na liturgia, a música cumpre importantes funções, como: a) realçar os diversos ritos da Palavra (proclamar, meditar, salmodiar, louvar, aclamar, dialogar, responder...); b) pôr em relevo os diversos momentos rituais (abertura, procissões, súplicas ...); c) estar a serviço da assembleia celebrante e não de si mesma.
   Em suma, canto e música - enquanto partes integrantes do rito - contribuem, de considerável, na vivencia da fé. Caso contrário, deixarão de cumprir sua finalidade primordial, que é a glória de Deus e a nossa santificação. Canto e música exercem uma "função ministerial", ou seja, estão a serviço daquilo que se celebra na liturgia. Por isso, cumprem a função mistagógica de "conduzir" a assembleia à centralidade do mistério celebrado.
Frei Joaquim Fonseca, ofm  
Estamos no Tempo Pascal Feliz Páscoa!!!!! 

domingo, 8 de abril de 2018

CANTAR A LITURGIA

1. CANTAR A LITURGIA: CANTAR A VIDA
   Esta coluna se ocupará, até o fim do ano, do canto e da música na liturgia. Este tema será abordado segundo quatro eixos fundamentais, a saber: a) a razão de nosso cantar na liturgia; b) a função ministerial de cada canto da celebração eucarística; c) os mistérios litúrgico-musicais; c) nosso cantar ao longo do ano litúrgico. A título de introdução, uma breve abordagem sobre a música na vida humana.
  Todas as dimensões da vida humana estão, de algum modo, permeadas de música. Há música para momentos de lazer, para fins terapêuticos, para ser escutada (em concertos, shows, gravações...), músicas para trilhas de filmes, novelas, de teatro etc.
  A música, em si, tem "poder" de influenciar os sentimentos humanos e até transforma-los. Facilmente podemos passar da tristeza à alegria, do riso às lágrimas... A música é capaz de interferir em todo o nosso ser, negativa ou positivamente.
  Os povos antigos sempre tiveram especial apreço para com a música, a dança é a poesia. Essas expressões artísticas tiveram lugar cativo nos diversos momentos da vida, desde o nascimento até por ocasião da morte.
   No âmbito religioso, a música desempenha um papel singular, desde simples canções com alguma mensagem religiosa até a música utilizada como rito. A expressão "música ritual" quer significar esse tipo específico de música que tem por função integrar ou construir um rito. É nessa circunstância privilegiada da vida, ou seja, nos momentos celebrativos, que o ser humano, "cheio de admiração diante da divindade, sentindo-se protegido por ela ou repleto de seu poder, dedica-se assim a seu louvor. Se teme ou treme diante da santidade divina, esta ao mesmo tempo o fascina e atrai. Ela arranca de seus lábios o hino de adoração. É, tendo preparado a sua graça, entoa então a ação de graças" (J. Gelineau).
Frei Joaquim Fonseca, ofm

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Tempo Pascal

Tempo Pascal, tempo da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, Jesus que deu seu amor e sua vida por amor a nós, e ressuscitou ao terceiro dia segundo as escrituras ele está vivo em nosso meio, blog caminhos de Jesus 2 e Rádio Cultura Brasil 2 ao vivo deseja feliz Páscoa

domingo, 1 de abril de 2018

FELIZ PÁSCOA

O BLOG CAMINHOS DE JESUS 2 DESEJA UMA FELIZ E SANTA PÁSCOA PARA TODOS, VAMOS AGORA VIVENCIAR O TEMPO PASCAL TEMPO NOVO DE NOVA ESPERANÇA E FÉ E AMOR NO JESUS CRISTO RESSUSCITADO QUE ELE NOS DEU SUA VIDA PELA SUA MORTE, MORTE DE CRUZ. E DA MORTE ELE NÃO VOLTA JAMAIS. VIVA CRISTO RESSUSCITADO, VIVA CRISTO RESSUSCITADO, VIVA CRISTO RESSUSCITADO. 

quinta-feira, 29 de março de 2018

VIGÍLIA EUCARÍSTICA

VIGÍLIA EUCARÍSTICA
COMUNIDADE COMPROMETIDA COM A PAZ.
RESPEITAR E PROTEGER A VIDA. VÓS SOIS TODOS IRMÃOS (Mt 23.8).
1. ACOLHIDA
SILÊNCIO - ORAÇÃO PESSOAL - ALGUM REFRÃO

2. CANTO 
 

ANIMADOR: Reunidos com Jesus no horto das Oliveiras vamos rezar com Ele. É seu último encontro com os seus discípulos antes de ser preso e levado para julgamento e à morte. Recordemos as pessoas que se encontram angustiadas, que sofrem, e vivem em dificuldades. No sofrimentos delas, é a agonia de Jesus que continua e se prolonga. Tenhamos também presentes nossas angústias, desejos e esperanças, assim com a proposta Campanha da Fraternidade deste ano.
3. SALMO 115 

4. JOÃO 6,51-58

51Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo".
52Então os judeus começaram a discutir exaltadamente entre si: "Como pode este homem nos oferecer a sua carne para comermos?"
53Jesus lhes disse: "Eu digo a verdade: Se vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos.
54Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
55Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
56Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
57Da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa.
58Este é o pão que desceu dos céus. Os antepassados de vocês comeram o maná e morreram, mas aquele que se alimenta deste pão viverá para sempre".
5. MEDITAÇÃO 

a) O que significa a última a ceia do Senhor?

b) O que significa o gesto de Lava-Pés?

c) Quais serviços prestamos aos outros?

6. PRECES

1. Sede, Senhor, força e luz para a Igreja, chamada a ser mestra no serviço aos mais necessitados, nós vos pedimos.

Fortaleci-nos, Senhor, no vosso amor!

2. Cumulai de amor e alegria os ministros que distribuem a eucaristia aos fiéis, nós vos pedimos.

Fortaleci-nos, Senhor, no vosso amor!

7. CANTO
 

8. ORAÇÃO:

TODOS: Olhai, ó Deus, com a amor de Pai, cada um de nós aqui reunidos. Acompanhamos o vosso Filho em sua trajetória final. Que esta vigília nos fortaleça na fé, no seguimento fiel de Jesus e na construção de um mundo melhor: mais humano, mais fraterno e mais solidário, onde todas as pessoas tenham condições dignas de vida e possam se querer bem e se respeitar. Amém!

Animador: Ó Deus, olhai para nós, que nos unimos aos sofrimentos de Jesus e de tantas pessoas do mundo de hoje; e fazei que a paixão do vosso Filho anule o peso de nossos pecados e alivie o sofrimento de nossos irmãos e irmãs. TODOS: Amém!   

sábado, 24 de março de 2018

SEMANA SANTA

DIGAMOS TODOS JUNTOS:
"SEMANA VERDADEIRAMENTE SANTA, SEMANA VERDADEIRAMENTE ABENÇOADA, SEMANA VERDADEIRAMENTE BENDITA,
SEMANA VERDADEIRAMENTE SANTA, QUE ESTÁ SEMANA SEJA ESPECIAL PARA VOCÊ SEMANA SANTA QUE JESUS MORRE E RESSUSCITOU NO TRÊS DIA A PÁSCOA ESTÁ CUMPRIDA".
BLOG CAMINHOS DE JESUS 2 DESEJA BOA SEMANA VERDADEIRAMENTE SANTA PARA TODOS. SEMANA SANTA DE 25/03 À 01/04

segunda-feira, 19 de março de 2018

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018

11. A PAZ É FRUTO DA JUSTIÇA
   Durante toda a Quaresma, refletimos sobre a violência como grande chaga da sociedade que atinge especialmente os povos indígenas, os negros e negras, as mulheres traficadas e violentadas, os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade espoliados de suas terras e direitos.
   Na Conferência de Medellín (1968), o Episcopado Latino-Americano e Caribenho já denunciava esta realidade: "A América Latina encontra-se, em muitas partes, numa situação de injustiça que pode chamar-se de violência institucionalizada" (Paz, n. 16). Os bispos descobrem que "esta situação exige transformações globais, audazes, urgentes e profundamente renovadoras" e que a justiça é condição imprescindível para paz. Eles afirmam que a Igreja é chamada a responder aos anseios de libertação de todos os pobres que clamam por justiça e paz, e advertem que "não se há de abusar da paciência de um povo que suporta durante anos uma condição que dificilmente aceitaria quem tem uma maior consciência dos direitos humanos" (Paz n. 16).
  Na comunidade de Medellín, a Conferência de Aparecida (2007) mostra que "um processo processo promotor de iniquidades e injustiças múltiplas" (Ap 61) e consta que "é uma dolorosa contradição que o continente com o maior número de católicos seja também o de maior iniquidade social" (Ap 527).
  O Papa Francisco, no 2º encontro Mundial dos Movimentos Populares (2015), reconheceu a necessidade de mudança deste atual modelo de sociedade, baseado numa matriz global de expropriação, acumulação e mercantilização da vida, o qual o homem ou Estado resolver por si mesmo. A CF-2018 indica que a superação da violência só se efetivará com uma mudança estrutural que respeite a vida das pessoas e da natureza, nossa Casa Comum. 
  Neste tempo quaresmal, que violências conseguimos superar? Que foi o compromisso de nossa comunidade eclesial? Em que movimentos populares colaboramos para a superação dessas violências?
Izalene Tiene
Leiga missionária na Amazônia 

sábado, 17 de março de 2018

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018

9. VIOLÊNCIA E TRÁFICO HUMANO
   O tráfico de pessoas é uma violação de direitos humanos, e o principal objetivo daqueles que protagonizam esse crime é a exploração de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Os traficantes se utilizam de artimanhas, mentiras e propostas sedutoras de emprego e de uma vida melhor para enganar mulheres, homens, adolescentes e crianças. Na maior parte das situações, as vítimas são submetidas a condições indignas de trabalho para gerar lucro, como  nos casos de exploração sexual, trabalho escravo, casamento forçado, venda de orgãos, adoção ilegal e outras formas de exploração.  As pessoas traficadas sevem como objeto, como mercadoria, submetidas pela opressão das desigualdades sociais.
   A Igreja vem intervindo no enfrentamento deste crime. A Campanha da Fraternidade em 2014 incentivou o combate desta violência, fazendo um apelo ao compromisso pessoal de reiterar e afirmar, na formação catequética, nos grupos grupos e comunidades com uma forma de realização e proteção. Propôs ações em rede de proteção entre as pastorais e entidades (Cáritas, pastorais sociais, Comissão de Justiça e Paz, Setor Mobilidade Humana, Rede Um Grito Pela Vida, entre outras), fortalecendo as ações conjuntas com a sociedade civil.
   O Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas deve ser implantado e efetivado pelos governos especialmente no atendimento da criança, adolescentes, mulheres em situação de vulnerabilidade e outros segmentos sociais.
   Cabe aproveitar a agenda de lutas para mobilizar, visibilizar e denunciar:
- 28 de Janeiro - Dia Internacional de Combate ao Trabalho Escravo;
- 8 de Março - Dia Internacional da Mulher;
- 1º de Maio -  Dia do(a) trabalhador(a);
- 18 de maio - Dia nacional do enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes;
- 23 de Setembro - Dia internacional contra exploração sexual de crianças e adolescentes e tráfico de mulheres e crianças;
- 20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra.
Izalene Tiene
Leiga missionária na Amazônia

sábado, 3 de março de 2018

TEMPO DA QUARESMA 2018

QUARESMA TEMPO DE PENITENCIA E ORAÇÃO TEMPO DE PREPARAÇÃO A SANTA PÁSCOA DO SENHOR JESUS CRISTO NOSSO ÚNICO SENHOR E MESTRE QUE NÓS TENHAMOS UM BOA PREPARAÇÃO PARA PÁSCOA DE NOSSO SENHOR. E SOBRE TUDO NO TEMA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 2018 
FRATERNIDADE E SUPERAR A VIOLÊNCIA 
VÓS SOIS TODOS IRMÃOS (MT 23,8)
QUARESMA 40 DIAS NO DESERTO DA ESPERANÇA SENDO TENTADO PELO INIMIGO DA SANTA IGREJA, JESUS DISSE NÃO É O QUE NÓS DEVEMOS FAZER DIZER NÃO INIMIGO E DIZER SIM A DEUS. TOMAR O CÁLICE DA SALVAÇÃO E COMER O PÃO DA VIDA ETERNA. EU SOU O CORDEIRO DEUS, QUEM BEBER O MEU SANGUE E COMER DO MEU CORPO NUNCA MAIS TERÁ FOME E SEDE. EU SOU O CAMINHO A VERDADE E LUZ QUE ILUMINA A ESTRADA NA NOITE DE ESCURIDÃO TENHAM FÉ EM DEUS, DEUS NUNCA NOS ABANDONA ELE FICA AO NOSSO LADO NAS HORAS MAIS TRISTES DE NOSSA VIDA ELE É NOSSA FORÇA PARA SEMPRE LEVANTARMOS QUANDO CAIRMOS A, QUANDO CHORAMOS E DESSA FORMA QUE DEUS NOS QUER BEM E SEMPRE DÁ SUA VIDA POR AMOR A NÓS. 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

TEMPO DA QUARESMA

TEMPO DA QUARESMA 2018
ESTAMOS NO TEMPO DA QUARESMA, TEMPO DE REFLEXÃO, PRINCIPALMENTE SOBRE TEMA E O LEMA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018: TEMA: FRATERNIDADE E SUPERAR A VIOLÊNCIA LEMA: VÓS SOIS TODOS IRMÃOS (Mt 23,8). DIGA NÃO A VIOLÊNCIA. TEMPO DE REFLEXÃO SOBRE A VIDA DE JESUS NO DESERTO DO SOFRIMENTO SENDO TENTADO PELO INIMIGO DA SANTA IGREJA CATÓLICA. TEMPO DE PREPARAÇÃO PARA TERMOS UMA E SANTA PÁSCOA ABENÇOADA.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018

7. JUVENTUDE E SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA 
   Muito se fala dos jovens e da juventude no tempo atual. Fala-se deles como protagonistas na construção de sua própria história e também com preocupação, porque são muitos os relatos de morte e de dor diante da realidade cruel que vivemos, de injustiças e violência: foram mais de 318 mil jovens assassinados no Brasil em 2005 e 2015. Apenas em 2015, foram 31.264 homicídios de pessoas com idade entre 15 e 29 anos (Mapa da violência 2017 - Ipea).
    Os Jovens são os segmentos social mais vulnerável, e entre eles os pobres e os negros são os mais atingidos. Em cada três jovens assassinados no Brasil, dois são negros. É uma realidade que nos mostra que a violência tem cor, faixa etária e moradia. É muito mais difícil ser um jovem negro, sobretudo nas periferias das grandes cidades.
    Os estudos demonstram uma interconexão entre a violência e as desigualdades sociais. O jovem pobre, com pouco acesso à educação de qualidade, ao trabalho e emprego, à cultura, esporte e lazer, à segurança pública, entre outros, está mais exposto a sofrer a praticar ações de violência. Entendemos que essa situação não se explica somente pelo fato econômico, mas também pela falta de respeito aos direitos de cidadãos/ãs. A violência é um dos pontos de vinculação direta com as desigualdades sociais (Relatório sobre o escândalo da desigualdade na América Latina, Christian Aid, 2017).
  Então podemos afirmar que a superação da violência passa pela superação das desigualdades sociais. E, neste sentido, o Brasil vem retrocedendo na garantia e de políticas públicas voltadas para atender às necessidades da população, principalmente da juventude. A mudança necessária passa por avançar nas conquistas e resistir para não perder nenhum direito já conquistado. O Estado precisa garantir políticas efetivas em defesa da vida e da superação da violência contra os jovens e todas as pessoas.
      Izalene Tiene
Leiga missionária na Amazônia

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018

5. CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS E A LUTA POR JUSTIÇA
    A elite agrária tratou de construir uma concepção de mundo vinculada a seus interesses, naturalizando a violência na proteção da propriedade privada e disseminando a ideologia ruralista, que inclui a imposição, nos diversos meios sociais, da compreensão de que a reforma agrária não é necessária no país (cf. Relatório CPT 2016).
   Como exemplo dessa criminalização histórica, anida hoje presente, citamos as palavras do mártir padre Ezequiel Ramin (assassinado em 24/07/1985) numa homilia em Caracol, Rondônia, em 17/02/1985: "Amo muito todos vós e amo a justiça, e, para justiça, basta a vontade de uma pessoa, basta a vontade a vontade da Igreja, como comunidade, antes que a revolta faça surgir imprevisível brutalidades no nosso ambiente social. Não aprovamos a violência, mesmo se estarmos a ser vítimas da violência. O padre que vos está a falar recebeu ameças de morte. Caro irmão, se a minha vida ter pertence, também te pertence a minha morte. Em comunhão com CNBB, não aprovamos nenhum tipo de violência. Diante de tanto atraso dos organismos do Estado, aprovamos, como sempre fizemos durante o caminho, que o povo se organize para obter os justos direitos, negados não uma só vez, nem duas vezes, negados sempre (...). A Igreja sabe que se devem respeitar etapas jurídicas, mas ela está, quer estar e estará sempre ao lado dos pobres". 
  A Campanha da Fraternidade de 2018 nos mostra que a condição para viver uma cultura de não violência no campo é assumir o reconhecimento de que a terra faz parte da obra do Criador. Como nos diz o Salmo 23, a terra pertence a Deus, e por ele ser o Pai comum de todos seres, a terra pertence a todos os seres, pois todos tem o direito de viver. Por isso, a Reforma Agrária, seguida de uma política pública de incentivo ao agricultor familiar, é de fundamental importância para concretizar a justiça social em nossa sociedade. Fundamental também para enfrentar a violência no campo é o comprometimento de toda a sociedade com a demarcação das terras indígenas.
           Izalene Tiene
Leiga missionária na Amazônia

domingo, 28 de janeiro de 2018

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018

4. VIOLÊNCIA E CONFLITO NO CAMPO
   No Brasil, o conflito no campo vem aumentando a cada ano, segundo o relatório anual (2016) da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a qual explica que conflitos dessa natureza se relacionam  a ações de resistência e enfrentamento pela posse, uso e propriedade da terra em que ocorrem em diferentes contextos sociais no âmbito rural, abrangendo a luta pela terra, pela água, e por direitos de acesso aos meios de trabalho ou produção e envolvendo posseiros, assentados, quilombolas, indígenas, pequenos arrendatários, pequenos proprietários, ocupantes, sem-terra, seringueiros e camponeses de fundos de pasto. Incluem aí também trabalhistas no caso do trabalho escravo, com a superexploração de trabalhadores/as pela ganâncias do latifúndio e por causa da ausência ou má gestão de políticas públicas.
   Criada há 43 anos para apoiar os trabalhadores vítimas da violência no campo, a CPT mantém o Centro de Documentação Dom Tomás Balduíno (imagem da direita), que coleta informações e publica um relatório anual, com dados estatísticos e análises sobre a violência. O relatório de 2016 lembra o massacre de Eldorado dos Carajás, em que 21 trabalhadores rurais sem-terra foram mortos pela Polícia Militar do Pará em 1996. Apresenta índices recordes: entre 2015 e 2016, aumentaram todos os tipos de conflito e todas as formas de violência no campo. Os assassinatos tiveram um aumento de 22% e as ameaças de morte cresceram 39%. As agressões tiveram o maior índice de aumento: 206%. Também cresceram 185% as prisões de lideranças e manifestantes, o que caracteriza a criminalização dos movimentos sociais.
   Para obter informações e apoiar os trabalhadores e trabalhadoras do campo, cada comunidade eclesial de base (CEB), cada paróquia, as pastorais sociais podem consultar o site da CPT.        
Izalene Tiene
Leiga missionária na Amazônia

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018

3. VIOLÊNCIA CONTRA OS POVOS INDÍGENAS
   A Amazônia brasileira é habitada por mais de 180 povos indígenas e uma centena de povos "isolados". Os dados do Conselho Indígena Missionário (Cimi) sobre a violência contra esse povos trazem informações assustadoras.
   Os relatórios anuais divulgados pelo Cimi revelam como vem se reproduzindo e se agravando a violência praticada contra os povos indígenas, associada à lógica perversa do desenvolvimento predador, que trata a natureza como simples mercadoria. Diferente é prática dos povos indígenas, que tratam a natureza como geradora de vida.
    Uma campanha permanente difunde o pensamento colonialista de que os povos indígenas não produzem, têm muita terra, são obstáculos ao progresso, seus projetos de vida não tem futuro... Essa campanha vai mimando a opinião pública para alterar os direitos territoriais e culturais conquistados com muitas lutas na Constituição de 1988. São direitos que asseguram a própria existência dos povos indígenas.
   Mata-se ou deixa-se morrer. Criminalizam-se lideranças, invadem-se terras. Explora-se madeira, minérios, peixe, caça. Constroem-se megaempreendimentos. Omite-se a atença à saúde e a educação. Estimula-se a violência contra esses povos, a qual é tolerada e até promovida pelos próprios agentes que devem garantir seus direitos.
   Os povos indígenas resistem e demonstram que não cederão a essa ofensiva - carregada de ódio, discriminação, racismo e incitação à violência - que é promovida pelos donos ou representantes do poder público e econômico.
   Diante de tanta violência, qual será nosso agir? Cabe aqui nossa disposição de denunciar e divulgar essa realidade. Ampliar a participação na rede solidária aos povos indígenas, para que a impunidade e a violência não se sebreponham aos direitos fundamentais e ao compromisso com a justiça e a promoção da paz.
   Izalene Tiene
Leiga missionária na Amazônia

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018

2. ESPETACULARIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA E HUMANIZAÇÃO DA MÍDIA
   Espetáculo significa "o que atrai e prende o olhar e a atenção", definição que remete à captação de público e à exigência de um jogo de sedução e de produção de desejos. É uma relação entre pessoas, medida por imagens.
   Na sociedade atual, onde a informação e a comunicação se tornam mercadorias - com tudo no sistema capitalista -, o espetáculo tem a pretensão de colonizar o mundo.
    A violência espetacularizada, no Brasil, pode ser identificada nos discursos dramáticos dos programas de jornalismos policial assim como os telenovelas, também veiculadoras de conteúdos que desenvolvem a cultura da violência, expondo situações de pessoas e famílias com ênfase em agressões verbais e físicas transmitidas a milhões de espectadores, que se divertem como se estivessem assistindo a um espetáculo.
   Diante dessa realidade cruel, o agir para a cultura da paz, com justiça, é exigência e recomendação que encontramos na CF-2018. Informar-se e expressar-se bem devem ser atitudes que tenham em vista a promoção da interação e da comunhão. Precisamos ter que comunicação e educação caminham juntas  para a superação da violência e a promoção da paz.
   Comunicar e educar para cultura de paz com justiça é denunciar todas as formas de violência presentes nas mídias e trabalhar pela sua humanização. É trabalhar na formação de um público humanizado, crítico, que considere as diferenças, valorize a tolerância e não seja mero repetidor.
    Izalene Tiene
Leiga missionária na Amazônia

domingo, 21 de janeiro de 2018

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018

1. VIOLÊNCIA, UMA PRÁTICA CULTURAL E POLÍTICA
   "Fraternidade e superar a violência" e o tema da Campanha da Fraternidade de 2018, com o lema: "Vós sois todos irmãos" (Mt 23,8). O apelo da CNBB é para a superação da violência - conquista que implica mudanças de vida de cada um e uma mudanças na vida mais profunda, sobretudo, no jeito de organizar a sociedade, porque são os pobres que estão na base e eles que sustentam o luxo e os desperdícios dos "poderosos", os quais dominam pelo poder econômico. Nessa contradição e inversão da consideração de que "somos todos irmãos" e fundada a causa maior de injustiças e violência.
   A violência, como prática humana, cultural e política, torna-se parte dessas contradições. Ela assume várias faces e diferentes formas. Pode partir de uma pessoa, de um grupo e de instituições. Pode ser exercida e vivida sem que seja identificada e ser compreendida como algo normal, o que caracteriza a sua maneira naturalização. Por exemplo, a violência doméstica, que ocorre dentro de casa, na família, como consequência do que vivemos na sociedade, é concebida por muitos como natural, cultural. Não podemos aceitar essa naturalização, porque ela diz respeito ao modo e às condições de vida no cotidiano de uma sociedade em que os homens são mais reconhecidos que as mulheres pelo fato de dominarem o poder econômico e exercerem influência e domínio sobre o político também. Este poder garante a desigualdade e desenvolve um processo de produção e reprodução da violência. 
   Como superar esta cultura numa sociedade organizada em classes sociais e na qual se convive com as desigualdades? A família, como célula básica da sociedade, pode desempenhar aí um papel fundamental.
   De fato, a família é um espaço é um espaço muito importante, mesmo considerando que "atravessa uma crise cultural profunda, como todas as comunidades e vínculos sociais. No caso da família, a fragilidade dos vínculos reveste-se de especial gravidade, porque se trata da célula básica da sociedade, o espaço onde se aprende a conviver na diferença e a pertencer aos outros e onde os pais transmitem a fé aos seus filhos" (EG 66).
        Izalene Tiene
Leiga missionária na Amazônia

sábado, 6 de janeiro de 2018

ANO MARIANO

30. PERGUNTAS SOBRE AS APARIÇÕES DE MARIA (2)
  Continuamos a apresentar algumas questões básicas sobre as aparições que cada católico(a) deve conhecer. 
   4. Como identificar se uma aparição é verdadeira?
   A Igreja, na pessoa do bispo diocesano, utiliza os seguintes critérios:
   Equilíbrio mental do vidente: Os videntes que aceitam ser reconhecidos pela Igreja passam por uma junta de profissionais (psiquiatras e psicólogos), indicados pelo bispo, para avaliação de sua saúde mental. 
  Honestidade do vidente e de seu grupo: O vidente e seu grupo devem buscar a fidelidade à vontade de Deus, não seus interesses próprios. O fascínio da fama ou do dinheiro pode induzir os videntes a produzir mensagens para atrair o grande público. A Igreja já desmascarou várias pessoas contaminadas com esse mal. 
  A qualidade da mensagem: As palavras atribuídas a Maria devem estar de acordo com o evangelho e a caminhada da Igreja, ser uma atualização do evangelho. Se, ao contrário, o vidente só fala ira divina e não de sua misericórdia, é sinal que não vem Deus. O mesmo se diz de mensagem estranhas sobre o fim do mundo e da imposição de algumas práticas devocionais como condição de salvação.
  Os frutos das aparições: Se o movimento de uma aparição leva os cristãos a viver melhor a fé, a esperança e a caridade, esse é um sinal positivo. Também as curas e milagres podem nos dizer que Deus está agindo ali de maneira especial.
   5. Como se faz o processo eclesial de discernimento?
   O bispo da diocese onde acontece o fenômeno (ou a conferência episcopal) decide se inicia o processo, com a anuência dos videntes. Então nomeia uma comissão com teólogos, pastoralistas e psicólogos para examinar os critérios elencados acima. Normalmente, as aparições devem ter cessado.
   6. Em que consiste o reconhecimento de uma aparição?
   A autoridade da Igreja declara que o fenômeno é "digno de fé humana". Maria pode ser venerada com o nome dado pelos videntes e com imagem correspondente. Pode ser construído um santuário em honra a Maria no local.
        Irmão Afonso Murad